terça-feira, 20 de julho de 2010

Teologia de eclipse

Me critique quem quiser criticar, mas não posso negar que gosto de filmes de vampiro. Já perdi a conta de quantos já assisti: Drácula 2000, Blade, Anjos da Noite e como não poderia deixar de ser, nos últimos anos tenho acompanhado nos cinemas a badalada série Crepúsculo. Aliás, há poucos dias assisti o último lançamento “Eclipse”, o filme foi até legal, mas esperava mais. Não é minha intenção usar esse espaço para fazer um bico de crítico de cinema, quero apenas comentar algumas coisas que me chamaram a atenção nessa última trama.
Em primeiro lugar ficou bem claro a existência de um triangulo amoroso. Diferente dos outros filmes onde parecia bem resolvida, Bela teve o coração balançado pelo pêlo quente de Jake. Em alguns momentos do filme, Edward faz o papel de corno manso, mas a grande verdade é que a mocinha ainda não decidiu com quem quer ficar de fato. A lição que fica é a seguinte. Coração dividido é sempre um problema. Pedro ou Juninho? Maria ou Joana? Engenharia ou medicina? Cristo ou o mundo? Não dá pra assobiar e chupar cana ao mesmo tempo, mais cedo ou mais tarde uma decisão tem que ser tomada.
A Segunda coisa que me chamou a atenção foi a insistência de Edward em fazer Bela desistir de ser como ele. Um frio. Mortos vivos desprovidos de alma, condenados a viverem assim eternamente.
Edward um dia teve uma alma viva, conhecia os dois lados da existência, e não queria que Bela tivesse a mesma sentença, por mais que isso significasse ficar o resto dos seus dias longe da pessoa que amava. Aqui tem mais uma lição. Até um vampiro sabe o valor de uma vida. Até um vampiro sabe o valor de uma alma. E você? Será que sabe? Paixões, desejos, sucesso, dinheiro ... Que adianta ganhar o mundo (aquilo que você tanto deseja, mas só que Deus não faz parte desse mundo) inteiro e perder a alma?
Acho que poderia extrair mais coisas, mas prefiro ficar por aqui.
Pense nisso!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Parábola da escadaria

Numa noite dessas eu tive um sonho. Eu me via diante de uma grande escadaria, e ela ia da terra ao céu. Seus degraus eram de ouro puríssimo e no final dela existia um trono, envolto em luz incomparável, e ALGUÉM assentado sobre ele.
Era possível ouvir uma música celestial vindo do alto, de onde estava o trono, e eu, atraído por aquela glória comecei a subir a escadaria, degrau após degrau. Havia momentos em que me sentia impaciente, pois parecia que o tempo estava passando eu não iria conseguir chegar ao topo. Então eu corria. Queria pular degrau, mas eles eram largos demais e eu não conseguia. Depois de algum tempo cansei de correr. Então cansado parei. O trono ainda parecia tão longe, tão distante. Permiti que o desânimo tomasse conta de mim. Então comecei a descer a escadaria que outrora subia. Na descida acabei trocando os degraus. Tropecei. Caí. Rolei escada abaixo. Quando dei por mim, estava novamente no mesmo lugar onde havia começado a subir. Olhei para mim mesmo. Ferido, machucado, quebrado. Então pensei “Isso não é para mim”. Com dificuldade coloquei-me de pé e virando as costas decidi partir. Foi quando ouvi a música novamente. Virei e olhei para o alto mais uma vez. A luz brilhava mais forte, como que me convidando a tentar mais uma vez. Tentei resistir, mas não consegui. Novamente comecei a subir. Degrau após degrau. Agora sem pressa. Um de cada vez. Quanto mais alto eu subia melhor eu enxergava e melhor ouvia. Mesmo sem correr, mais uma vez me cansei. Mais uma vez pensei em voltar, considerei desistir, mas no mesmo instante me lembrei da queda. Olhei de novo o alto, desejei novamente chegar lá. Fechei os olhos por alguns segundos e de repente senti uma mão no ombro. Abri os olhos, não vi a ninguém, mas aquela presença ainda estava ali, invisível, real. Ela me acompanhava na jornada. Então eu subia, subia, subia e subia.
Então acordei. Na verdade não entendi muita coisa, mas aquela presença no sonho.
Ainda sinto ela comigo.

domingo, 4 de julho de 2010

Dieta Espiritual

Bom, eu e a balança não temos tido um bom relacionamento ultimamente, na verdade, nos últimos anos. Tenho observado que tenho ganhado alguns quilinhos de uns tempos pra cá e isso não tem sido nada legal. Nos bons tempos não tinha problema algum em entrar numa calça tamanho 44. Hoje tenho recusado aceitar que tenho que vestir 48. Que absurdo! Há 5 anos pesava 86 quilos muito bem distribuídos em 1,81 de altura. O tempo passou e a altura, é claro, é a mesma, mas o peso (...) só uns 14 a mais.

Por uma questão de saúde e estética (pra falar a verdade, muito mais de estética do que saúde. Rsss), resolvi procurar uma nutricionista. Acho que dá para imaginar o que ela me disse, não dá? Isso mesmo! Ouvi a palavra que eu mais temia. DI-E-TA. Ai meu Deus! Meu mundo caiu.

Vocês não tem idéia do que isso significa pra mim. Dá pra imaginar? Nada de carne vermelha. Isso quer dizer, nada de churrasco. Nada de massas, igual nada de rodízio de pizzas. Preciso de menos carboidratos, e nenhuma besteira tentadora, como visitas corriqueiras ao Mc Donald’s bancado pelos amigos. Ouviu Giovani? Rsss.

Estou limitado a um pouco de caldinho de feijão, umas poucas colheres de arroz, alguns grelhados e salada, legumes e verduras à vontade. Ah! Quem precisa de abóbora, chuchu, cenoura e etc.? Que chato!

Sei que viverei dias de grande tribulação, como nunca houve sobre a face da terra, e pior, não sei se serei salvo. Meu grande problema será no trabalho.

Veja bem (lembra do comercial de TV?) eu trabalho em uma indústria de produtos alimentícios, onde o carro chefe são simplesmente. Biscoitos. Imagine. Waffers, recheados, salgadinhos e etc. Todos os dias: fresquinhos, quentinhos, saídos do forno, passando a sua frente, como se estivessem dizendo pra você “Olha como eu estou gostoso. Tem certeza que não vai me provar?”. Ai que tentação!

Mas como vencê-la?

Depois de pensar um pouco, acho que encontrei a saída. Descobri que teria que reprogramar a minha mente, criando um sistema de compensação, levando em conta o que é mais importante para mim. Não entendeu? Vou explicar.

Quando os deliciosos biscoitos da Piraquê (O merchan é por minha conta) passarem diante de mim na hora do café, eu vou colocar na balança o que trará maior alegria e satisfação e o que será importante para minha saúde. Terei que decidir entre saciar meu paladar, saboreando alguns maravilhosos recheados de chocolate naquele momento ou se vou me privar deles, e mais tarde ter a alegria de subir na balança ver que perdi alguns quilinhos. E que o pneu de caminhão que eu tinha na cintura está virando um pneu de moto com potencial para desaparecer. Tudo será uma questão de decidir o que é mais importante.

Enquanto pensava em tudo isso, não pude deixar de fazer uma associação com a vida cristã. Imediatamente lembrei-me de Daniel e seus amigos. Exilados na Babilônia, longe de todos os referenciais religiosos de Israel, vivendo na corte real babilônica. Eles tomaram uma decisão importantíssima. Resolveram fazer DIETA.

O jovem Daniel e seus amigos não estavam preocupados em ficarem sarados, com barriga de tanquinho ou coisa parecida. O que eles queriam mesmo é ter a alma sarada, saudável. Porque para eles isso era o mais importante. O leitão a pururuca dedicados aos deuses caldeus, com certeza eram mais saborosos que uma salada de chuchu. Mas o que era mais atraente e gostoso iria contaminar a alma. Então para Daniel e seus amigos, era melhor comer legumes e ter a consciência tranqüila para com Deus, do que encher a barriga de tudo de bom e do melhor e desagradar o Senhor.

No fim, tudo é uma questão de importância. Agradar a Deus ou satisfazer a carne? O que vamos decidir?



Pense nisso!