sábado, 19 de janeiro de 2008

Milagres não bastam


Sempre me perguntei porque Deus não se manifesta em nossos dias da mesma forma que fazia no Antigo Testamento. No velho pacto vemos Deus falando no meio da sarça ardente, abrindo mar, falando de forma audível aos profetas, mostrando sua glória de forma visível; enquanto em nossos dias o sobrenatural não é tão perceptível assim.
Achava que se ouvisse a voz de Deus como ouço a minha voz quando falo seria mais fácil obedecer. Se visse milagres extraordinários acontecerem seria mais fácil crer ou se contemplasse o trono do Senhor como aconteceu com Isaías eu teria mais temor, conseqüentemente seria mais santo.
Hoje depois de alguma reflexão e investigação bíblica percebi que isso não faz muita diferença. Quando olho para Israel vejo um povo que viu milagres tremendos no deserto e mesmo assim murmurou, duvidou e se prostituiu. Olho para os evangelhos e vejo Jesus curando enfermos de todo tipo, multiplicando pães e ressuscitando mortos, no entanto muitos daqueles que viram tantos sinais e milagres não o aceitaram. Atém mesmo seus discípulos que passaram três anos com o mestre não puderam crer quando ele ressurgiu. Pedro o negou, Tomé duvidou, Tiago e João que o viram transfigurado não puderam crer.
Com isso concluo o seguinte. Milagres não sustentam a fé e nem fazem as pessoas se aproximarem de Deus. Talvez em um caso ou outro faça alguma diferença, mas via de regra não.
O profeta Jonas ouviu Deus falar claramente com ele e teve coragem de fugir. Então não pense que se Deus falasse da mesma maneira conosco seria mais fácil obedecer. Caim teve coragem de ser mal criado com Deus dizendo “Sou eu guardador do meu irmão?” Nove leprosos receberam o benefício e não tiveram coragem de agradecer.
O ser humano tem uma capacidade imensa de se acostumar com tudo, seja com a riqueza, pobreza, saúde, doença e etc. E com o sobrenatural não é diferente, até com isso ele se acostuma. Se Deus falasse toda hora a gente se acostumaria e perderíamos o temor. Se Deus operasse toda hora um milagre ficaríamos acostumados e não maravilhados. É por isso que a fé é o que realmente vale. Essa expectativa, esse anseio, essa busca por Deus. Um relacionamento baseado no amor e não na manifestação de milagres. Uma relação que não corre atrás da comida que perece, mas que se fundamenta na afirmação “Para onde iremos nós se tu tens as palavras de vida eterna”.

Pensem nisso.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

A vida cristã não é um parque de diversões


Depois de observar o comportamento dos crentes diante das dificuldades cheguei à conclusão de que a grande maioria deles não sabem lidar com as lutas. Estranhamente alguns irmãos em Cristo agem como se algumas coisas nunca pudessem acontecer com eles, e não são poucos os que entram em crise por causa disso. Para isso basta um diagnóstico contrário de um exame, o desemprego, a perda de um ente querido, uma tragédia, e pronto, a fé desmorona. A partir daí uma série de “porquês” são endereçados aos céus cobrando uma resposta, que na grande maioria das vezes não vem.
Meu posicionamento aqui não é a de um super crente, até porque, sendo bem sincero, acho que me incluo entre esses que tem dificuldade de lidar com certas realidades da vida, mesmo sabendo que Jesus não enganou ninguém. Ele disse “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo”.Jo.16:33. Pois bem, Cristo disse isso, mas parece que nós não levamos a sério e vivemos como estivéssemos em um parque de diversões, achando que pelo fato de sermos filhos de Deus estamos isentos de todo tipo de sofrimento. E como poderia ser diferente se a pregação da moda é vitória, conquista, prosperidade e coisas semelhantes.
Na verdade acho que os ímpios lidam melhor com algumas situações da vida do que alguns crentes e acho que tenho uma teoria para isso.
Quando abrimos a Bíblia encontramos nela um Deus bom, amoroso, cuidado, protetor. Então quando nos deparamos com algumas circunstâncias da vida a nossa realidade se confronta com o que a Palavra diz, gerando uma espécie de pane em nossa fé, pois questionamos como um Deus amoroso pode permitir que coisas ruins aconteçam com seus filhos. Parece que a igreja do tempo de Pedro possuía esse mesmo conceito, por isso ele escreveu “queridos amigos, não se assustem nem se admirem quando vocês passarem pelas provas que estão para vir, pois isso não é coisa estranha, nem fora do comum que lhes vai acontecer”. I Pe.4:12. É por isso que crente morre de câncer, pode ficar paraplégico, sofrer de Alzaimer e etc., não estamos isentos. O que acontece é que muitas vezes o crente se encaverna em seus questionamentos e se deprime, pois direciona tudo pra Deus, como se Ele tivesse o poder de livrar, curar, restaurar e tudo mais, e aparentemente não quer fazer isso. Enquanto isso o ímpio que não conhece a Deus, não tem o que questionar e mete a cara na vida, lutando, ralando e superando as próprias dificuldades. É por isso, que muitas vezes os filhos das trevas são mais prudentes que os filhos da luz.
Com isso quero dizer o seguinte:
Em um mundo caído como nosso tudo pode acontecer, tanto o bem, quanto o mal.
Deus não costuma dar muitas explicações, mas ele diz “minha graça te basta”, e se Ele diz que basta, então está dito e ponto final.

Pensem nisso.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Arriscar é viver


Rir é arriscar-se a parecer louco.
Chorar é arriscar-se a parecer sentimental.
Estender a mão para o outro é arriscar-se a se envolver.
Expor seus sentimentos é arriscar-se a expor seu eu verdadeiro.
Amar é arriscar-se a não ser amado.
Expor suas idéias e sonhos ao público é arriscar-se a perder.
Viver é arriscar-se a morrer...
Ter esperança é arriscar-se a sofrer decepção.
Tentar é arriscar-se a falhar.

Mas... é preciso correr riscos.
Porque o maior azar da vida é não arriscar nada...

Pessoas que não arriscam, que nada fazem, nada são.
Podem estar evitando o sofrimento e a tristeza.
Mas assim não podem aprender, sentir, crescer, mudar, amar, viver...
Acorrentadas às suas atitudes, são escravas;
Abrem mão de sua liberdade.
Só a pessoa que se arrisca é livre...

"Arriscar-se é perder o pé por algum tempo.
Não se arriscar é perder a vida..."
(Soren Kiekegaard)

No tempo que eu possuia Orkut, li esse texto em algum perfir. Gostei e Copiei. Acho que ele é bastante apropriado para o momento, já que iniciamos um novo ano.

Pensem nisso.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Visão do Cristo



Nos últimos dias de 2007 fiz um passeio ao Cristo Redentor. Apesar de ser carioca da gema, essa foi apenas a segunda vez que visitei esse monumento que foi considerado uma das 7 maravilhas do mundo moderno, com toda a razão, não só pela estátua do Cristo, mas também pela indescritível vista que se pode ter lá de cima do Corcovado.
Ao observar aquela vista deslumbrante, abri meu coração para que Deus ministrasse algumas lições espirituais ao meu coração, pois entendo que em todo lugar e em toda ocasião Ele tem algo a nos ensinar. Dentre tantas lições que poderia ter extraído para minha vida naquela ocasião gostaria de destacar apenas três que me chamaram a atenção.
Primeiro. Ao olhar para baixo vi enormes prédios, casas, carros que pareciam de brinquedo. Até mesmo a lagoa Rodrigo de Freitas parecia uma grande poça d’água. Ao observar isso, aprendi a seguinte lição. Quanto mais alto estivermos, menores as coisas parecerão. Na vida cristã é a mesma coisa. Eu estava ali perto do Cristo, olhando pra baixo vendo tudo pequeno. Quando estamos perto de Cristo estamos em lugares altos e todo o resto que parece grande, sejam lutas, problemas e dificuldades parecerão pequenos.
Segundo. Aos pés do Cristo eu podia ver ao longe, praticamente todo o Rio de Janeiro em 360º. Via a Lagoa, virando um pouco o Maracanã, virando mais a Ponte Rio Niterói, em outra direção o Jóquei Clube e também podia ver transatlânticos em alto mar. Lá de cima eu podia ver ao longe. Essa é a segunda lição. Quando estou aos pés de Cristo, em lugares altos eu enxergo longe, Deus amplia a minha visão eu deixo de possuir apenas a visão a nível do mar para ter uma visão com maior alcance. Nós somos do tamanho da nossa visão. Aprenda isso.
Terceira e última. Lá de cima eu conseguia perceber detalhes da cidade que eu nunca perceberia. Vi que muitos prédios possuíam piscina na cobertura, lá de baixo eu nunca ia saber. Percebi também que a árvore de natal colocada na Lagoa está posicionada cuidadosamente no centro dela. Sem aquela visão do alto aos pés do Cristo eu não veria aquilo. A última lição fala de discernimento. Quando estamos perto de Cristo, não do Cristo, ele aumenta nosso discernimento para percebermos como devemos proceder no mundo espiritual com respeito a nossa vida e aos ataques do adversário.
Quando sair para passear, esteja atento ao que Deus pode lhe falar ao coração.

Pense nisso.