quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Se a mente é nova o ano é novo

O ano novo está aí. 2009 está ficando pra trás e 2010 já está pintando no pedaço. Mas e daí? Que diferença faz? Não sei, depende de mim, depende de você.
A verdade é que não existe nenhum poder especial, miraculoso ou extraordinário na mudança de um ano para o outro. O meu hoje, independente de que dia seja, pode ser tão incrível, inovador, especial como os 365 dias de um novo ano que está por vir, pois o que faz a diferença não é o ano, somos nós.
O novo ano que está chegando ou que já chegou, isso depende do dia que você está lendo esse texto, pode ser tão velho, tão sem graça, tão insosso, quanto os anos que já passaram, pois tudo que é novo, primeiramente não acontece fora de nós, mas dentro da gente, se estabelecendo primeiro em nossa interioridade, na nossa mente. Para isso eu não preciso esperar a virada de ano. Esse novo gênesis de espírito, essa metanóia, essa renovação de mente pode acontecer a qualquer ano, mês, dia ou hora. Para isso basta uma decisão pessoal.
O fruto da inércia é o nada. A criação, o surgimento e a renovação de tudo que existe é produto de movimento e dinamismo. A Bíblia diz que mesmo havendo trevas sobre a face do abismo, o ESPÍRITO DE DEUS se movia sobre a face das águas, e porque ele se movia Deus pôde dizer HAJA LUZ, e a partir daí tudo começou a acontecer. Então mova-se.
Ótimo conselho. Muito bem, mas talvez lhe falte ânimo para isso. Para ser sincero, também me falta esse ânimo, mas quer saber? Não vou desistir. Ainda que meu tronco pareça cortado e minhas raízes pareçam envelhecidas eu creio que ao cheiro das águas brotarão, e lançarei novos ramos como uma planta nova. Hei crescer e ainda darei muito fruto. Assim eu creio e assim será.
Creia você também.
Feliz Ano Novo.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

E se a Bíblia for mentira?


Muita calma nessa hora! Não estou desviando. Não estou em crise. Nem quero derrubar a fé de ninguém. Essa é apenas uma colocação hipotética.
Você que é crente já deve ter ouvido diversas vezes a argumentação de que a Bíblia é um livro como qualquer outro escrito por homens. Tudo que nela consta é apenas invenção, não tem nada de Deus. Ou na melhor das hipóteses alguém diz que a Bíblia é interpretada de forma errada, pois cada um pode ter uma interpretação diferente acerca de um mesmo texto. Sendo assim as pessoas querem dizer que tudo que a igreja prega não passa de balela. Esse negócio de céu, inferno, juízo final, anjos, demônios, pecado, novo nascimento, santidade, Deus e etc. são tudo prosopopéias flácidas para acalentar bovino, traduzindo, conversa mole para boi dormir. Pois bem, vamos viajar um pouco nessa maionese.
E se realmente for tudo mentira? E se Jesus não for o caminho? E se outra religião for o caminho? E se todas realmente levarem a Deus? E se não houver caminho nenhum? E se Deus não existir?
Vamos pensar um pouco. Por exemplo. Se outra religião for o caminho até Deus. Vamos dizer o kardecismo. Se ele for o caminho não há motivos para preocupação mesmo que eu continue sendo crente a vida toda. Porque o kardecismo fundamenta a salvação na prática da caridade e das boas obras. A Bíblia diz, mesmo que ela seja mentira, que Deus preparou as boas obras para que andássemos nelas. Então o crente, mesmo não sendo kardecista, cumpre a doutrina kardecista, pois as escrituras nos ensinam a amarmos o nosso próximo como a nós mesmos. Aprendemos com a Bíblia a sermos bons samaritanos, a cuidarmos dos outros e dividirmos o que temos com os que não têm. Sendo assim, não há preocupação. Crentes, mesmo não sendo kardecistas, dentro dessa doutrina estariam salvos. Por sermos bondosos iremos reencarnar pouquíssimas vezes até sermos purificados e termos direito ao paraíso. Quem não for crente terá que reencarnar mais vezes, mas no final todo mundo acaba entrando.
Continuando nossa viagem, pode ser que o kardecismo não seja o caminho. Quem sabe o caminho é o catolicismo? Então devo dizer que se esse for realmente o caminho até Deus não há motivo de preocupação, isso porque na doutrina católica existe a crença no purgatório. Então por pior que seja uma pessoa, não há nada que uma temporada no purgatório não resolva. Uns ficarão mais tempo lá, outros menos, mas no final tudo acaba em pizza e todo mundo acaba entrando no céu. Quem já assistiu o filme “O alto da compadecida”, pode ser aquele dos trapalhões mesmo, sabe bem o que estou falando. No purgatório tem lugar para: ladrão, assassino, 171, estuprador e até para político. Acreditem! No final dá tudo certo e todos são recebidos por São Pedro na porta do céu. Então crente mesmo não sendo católico está salvo. A Bíblia nos ensina a sermos bons pais, bons maridos e esposas, bons filhos, bons funcionários, bons cidadãos. Ser formos crentes de verdade os estamos salvos. Se não formos tão crentes assim um tempinho no purgatório resolve tudo. Beleza!
Mas vamos mais adiante. Vamos dizer que alguma religião oriental seja o caminho: Taoísmo, Hinduísmo, Budismo e outras tantas. Bom algumas dessas religiões acreditam na reencarnação, como o hinduísmo. Aí caímos no caso do kardecismo. Já falamos sobre isso. Outras religiões orientais nem acreditam que exista céu, paraíso ou coisa parecida. Para muitas delas a vida começa e termina aqui. Então se é assim não há motivo para o crente se preocupar, mesmo não estando na religião certa. Acabou, acabou. E por aí vai.
A grande verdade é que apenas a Bíblia fala sobre julgamento e condenação. Alguns optam pelo ateísmo e se Deus realmente não existir não tem problema, pois não haverá necessidade de dar conta a ninguém. As outras religiões sempre dão um jeito salvar todo mundo, pelo menos a maioria, e nessa turma, com certeza, estariam os crentes. Talvez a mais complicada de todas as religiões seja o islã. Aí não tem jeito. Se esse realmente for o caminho, então muita gente vai queimar no mármore do inferno, até os crentes, porque Alá é chapa quente mesmo.
O que eu quero dizer com tudo o que escrevi é que ninguém perde nada sendo crente e lembrar que cada um tem direito de crer no que quiser.
Mas agora deixe eu inverter a questão. E se a Bíblia estiver certa? E eu creio que está. Então a mensagem continua a mesma: “Disse Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim”. E ainda diz “Quem crer será salvo, quem não crer já está condenado”. E mais. “Se não nascerdes de novo não poderás ver o reino de Deus”.
Se Jesus for realmente o caminho, conforme a Bíblia ensina, e Ele é. Então a decisão do homem a respeito da eternidade deve ser tomada nessa vida, pois “ao homem está ordenado morrer uma só vez, vindo após isso o juízo”.
Pense nisso!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Uma crônica espiritual cheia de humor.


- Soberano, Soberano. Entra o anjo correndo e gritando na sala do trono.
- Sim Gabriel o que foi? Que desespero é esse? Disse o Senhor.
- Soberano, adivinha quem tá aí?
- Adivinha!? Vigia Gabriel. Eu não preciso adivinhar. Esqueceu? Meus olhos são como chama de fogo. Eu sei de tudo. Aliás, esse negócio de adivinhação não é comigo. Isso é coisa do diabo. E manda logo ele entrar. Não é isso que você veio falar comigo? Disse o Criador.
- É isso mesmo Soberano. Quer que eu pergunte qual é o assunto? Ih! Que mancada! O Senhor já deve saber o que é. Mas tem uma coisa Soberano. O capeta parece que tá “fulo” da vida. Disse Gabriel.
- O que é isso Gabriel? Falou o Senhor com espanto.
- Isso mesmo Soberano. Ele tá fulo da vida. Quer que eu mande. Ops! Mande não. Peça a Miguel pra dar de espada nele daqui pra fora? Na verdade Criador. Ninguém gosta muito quando esse traidor vem aqui. A gente sabe que sempre que vem aqui é pra aprontar. Eu lembro muito bem da ultima vez que ele esteve por cá. Coitado do Jó.
- Não Gabriel. Não é disso que eu tô falando. Disse Deus repreendendo o anjo.
- Estava falando da expressão que você usou.
- Qual expressão Soberano? Fu ... Gabriel já ia repetindo a palavrinha quando Deus o interrompeu.
- Não precisa repetir. É essa mesma. Onde já se viu! Você sabe o quer dizer isso? Por onde você tem andado hein Gabriel? Queria saber aprendeu esse linguajar.
- Ué Senhor! Onde eu tenho andado? Ah! O Senhor já sabe. No meio do teu povo. Disse o anjo.
- No meio do meu povo!? Se espantou o Senhor.
- Ih Senhor! Perdão se eu falei alguma palavra torpe, mas essa eu aprendi lá na igreja.
- Na igreja!? Se espantou o Senhor.
- È Soberano! Lá naquele congresso que o Senhor me enviou. Tesoureiro do evento disse que aquele teu filho que pregou lá, ficou muito “essa palavra aí” da vida porque a oferta que deram a ele só deu R$ 1000,00. E ele ainda disse que nunca mais volta lá. Disse que era um absurdo receber essa mixaria depois de tudo que ele fez no culto.
- Quer dizer que eu salvo, liberto, batizo com o Espírito Santo, derramo minha glória e o abençoado fica se achando. Pois é, como eu disciplino a todos quanto amo, vou colocar esse meu filhinho em um “ventinho” pra ver se ele fica mais humilde. Vou aproveitar que o diabo veio aqui e dou umas ordenzinhas pra ele.
Quanto a você Gabriel. Veja bem o que anda falando hein!
- Já é Senhor, pode deixar.
- Já é Senhor!? Gabriel você não tem jeito mesmo. Agora mande logo o diabo entrar.
- Sim Soberano.
Em poucos instantes entra o diabo na sala do trono vigiado de perto por dois anjos parrudões.
- Hei Deus! Eu sei que não sou bem-vindo aqui, mas precisa desses dois armários fungando no meu cangote? Reclama o diabo com o Senhor.
- Hei Deus!? Pra você satanás, é Vossa Majestade esqueceu? E com relação aos parrudões aí. Você já viu ladrão andar solto por aí sem ser vigiado? Disse o Senhor dando uma bela gargalhada.
- Muito engraçadinho. Resmungou o diabo baixinho.
- O que você disse hein!?
- Nada Vossa Majestade. Nada não.
- Ah! Seu mentiroso. Disse o Senhor.
- Deixe isso pra lá, senão vou acabar te jogando no lago de fogo antes do tempo. Qual é o seu problema? Diga logo. Não muito tempo pra você. Tenho muitas orações para responder hoje. Continuou o Soberano.
- É esse seu povo Vossa Majestade. Disse o diabo.
- Que tem meu povo? Indagou o Senhor.
- Pois é. Eles se metem em confusão e depois colocam a culpa em mim. Tem uma serva tua lá da Bléia que é uma consumista incurável. Não pode ver a palavra liquidação na frente dela que entra nas lojas igual uma desesperada e estoura o cartão de crédito. Depois ela fica falando que o devorador tá comendo as finanças dela.
O outro servo teu lá da Nova Vida tá querendo casar com uma das minhas filhinhas, tão boazinha ela, só não quer nada contigo. Mas ele diz que ta apaixonado. Fazer o quê? A vida dele vai ser um inferno. Mas a culpa não é minha. Eu só vou fazer meu trabalho. A tua palavra mesmo diz pra não haver jugo desigual.
Ainda tem o outro mané lá da igreja batista que faltava à beça no trabalho. Chegava atrasado, falava mal do chefe, criava confusão entre os colegas e outras coisitas mais. Conclusão. Foi mandado embora. Eu não tive nada a ver com isso. Agora anda espalhando para os irmãos que está na prova.
Tô cansado de levar a culpa por tudo. Tá certo que na maioria das vezes sou eu mesmo (sorriso sarcástico), mas a culpa de tudo não. Daqui a pouco eu estou assumindo o lugar de Cristo levando nos meus ombros a culpa pelos pecados dos crentes.

Pense nisso!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Direito de resposta


Essa foi a mensagem que enviei ao jornalista Cláudio Weber Abramo, por causa de um texto que ele publicou no site da IG. Vou colocar o link do artigo para quem quiser ler, concordar ou discordar.
http://colunistas.ig.com.br/claudioabramo/2009/08/03/o-direito-de-nao-ser-importunado/

Essa foi minha resposta.

Caro Cláudio, boa tarde. Sou cristão, e como tal me senti desconfortável com o que você escreveu. Creio que você entende bem quando uso a palavra desconfortável, pois é assim que você deve se sentir quando vê manifestações religiosas em partidas de futebol, ou em qualquer outro esporte.
Mas porque eu deveria me sentir assim se você está apenas fazendo uso do seu direito de liberdade de expressão? Não deveria eu direcionar o meu olhar para outras matérias? Ignorar ou entrar em outro site? Sim, mas eu decidi me sentir incomodado. Com você acontece a mesma coisa. No momento das manifestações religiosas você poderia ignorar, mudar de canal, ou sei lá o que. Mas, você decidiu ficar incomodado.
Outra questão. Será que textos como esse que você escreveu interessa ao coletivo? Você pode achar que sim, mas talvez não seja. Você simplesmente está fazendo uso do seu direito. Então respeite o direito dos outros e não fique falando coisas sobre religião e espiritualidade como se as suas verdades fossem absolutas. Talvez as sejam, mas para você. Não fique afirmando coisas parecendo ser quem você nem acredita que exista. Isto é Deus.
Então quando alguém fizer um gol ou um ponto, permita que essa pessoa se expresse do jeito que quiser em homenagem a quem for de acordo com sua fé e seu direito. Com esse seu texto você também está fazendo uso da mídia para fazer proselitismo ao ateísmo como se fosse a escolha certa para pessoas que se consideram inteligentes e evoluídas. Não se esqueça que mentes brilhantes como Einstein, Newton, Bach e tantos outros não eram ateus e nem por isso deixaram de ser quem foram.
Deus te abençoe. Rssss.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Tenho medo



Tenho medo de perder a fé;
Tenho medo de desanimar e desistir;
Tenho medo de não ouvir mais a voz de Deus;
Tenho medo de me afastar da presença Dele;
Tenho medo de me acostumar sem Ele;
Tenho medo de perder o temor;
Tenho medo de perder o amor;
Tenho medo de perder o fervor;
Tenho medo de parar de orar;
Tenho medo de descrer;
Tenho medo de não desejar o céu;
Tenho medo de desprezar a Palavra;
Tenho medo de me tornar indiferente;
Tenho medo de me tornar burocrático;
Tenho medo de ser legalista;
Tenho medo de ser santarrão ao invés de ser santo;
Tenho medo de pecar;
Tenho medo de gostar de pecar;
Tenho medo de não me deixar ser convencido por Deus de que pequei.
Tenho medo de não me arrepender;
Tenho medo de ficar morno;
Tenho medo de não ser sincero;
Tenho medo de me tornar um hipócrita;
Tenho medo das minhas fraquezas;
Tenho medo de amar o mundo;
Tenho medo de amar o dinheiro;
Tenho medo de amar o poder;
Tenho medo de escolher outro Deus;
Tenho medo de perder a presença do Espírito Santo;
Tenho medo, tenho medo, tenho medo.
Livra-me Senhor, de todos os meus temores.
“Busquei o Senhor e ele me acolheu; livrou-me de todos os meus temores.” (Salmo 34.4)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Reflexão sobre o amor


O amor normalmente é assim: inesperado, repentino, surpreendente. Digo, normalmente, porque o amor não é óbvio, muito menos previsível.
O amor, ainda que faça parte das relações humanas, encontra na ciência exata sua analogia. Seria o amor traduzido então pela matemática? Matemática não! Química. O amor não é constituído de por números, expressões ou equações. Ele contém apenas elementos.
Mas seria a matemática capaz de traduzir o amor? Sim, pois o amor é como duas retas perpendiculares que se encontram, unindo-se em um mesmo ponto. Ele, o amor nunca será paralelo, pois ainda que duas pessoas andem lado a lado, seus corações nunca se encontrarão. Por isso, o amor deve ir além da amizade e do companheirismo. Sem a interseção de sentimentos, emoções e propósitos, não há amor.
O amor há de ser sempre a arte do encontro. Uma via de mão dupla. Um constante dar e receber, uma troca permanente, um eterno depósito de tudo que há de melhor e nobre nesse mundo. O amor nasce nos dois lados. Seja dando ou recebendo. O amor deve ser assim. Se há desencontro então não há amor. Se a via for apenas de mão única, só resta decepção. Porque quem ama quer ser amado. Quem deseja, quer ser desejado, e quem conquista, inevitavelmente quer ser conquistado. Se não for assim, então caia fora.
Quer um conselho? Nunca tente forçar o amor. Ele não nasce de má vontade. Ele nasce do nada. Não pode ser produzido, visto que é espontâneo e livre. Ele é auto-existente. Tem vontade própria.
Mais um conselho. Não julgue o amor. Ele tem personalidade forte. O amor é corajoso e audaz. Ele enfrenta a tudo e a todos. Ele zomba da aparência, da estética, da condição social e da opinião alheia. As vezes ele parece burro e ignorante. Nada disso! Ele é apenas excêntrico. Por isso, poderá ser incoerente, ilógico, sem roteiro pré definido, sem preconceito.
Assim, homem e mulher, quando se amam. Não unem apenas seus corpos, mas também suas almas. O amor tem o poder de unir a tríade humana: corpo, alma e espírito. Se apenas os corpos se unem pode haver sexo, mas nunca será amor. E quando as almas se unem, sem o desejo ardente de um pelo outro, se estabelece outro tipo de amor, mas não do tipo homem e mulher.
O amor é sutil, sereno e harmônico. Ao mesmo tempo em que é intenso dinâmico e insinuante. O sentimento deve ser quente, nunca frio e muito menos morno. Nada de mais ou menos. Já que o amor desejará mais, muito mais. O amor não aceita distância, só proximidade. O amor sente saudade. Ele quer estar perto, e quando perto, quer estar mais perto. No amor não há dúvidas, só certeza.
Se há verdadeiro amor entre um homem e uma mulher, então há poesia, se há poesia, há arte, há inspiração, há um mistério. Já que ninguém sabe ao certo como ou em que momento ela nasce. Assim é o amor. Complexo, inalcançável, sublime.
Existem certas coisas que não são para se compreender, apenas para se desfrutar. Então não perca tempo tentando desvendar a caixa preta do amor. Ele é um código criptografado pelo próprio Criador. Apenas aproveite. Ame se puder amar e ser amado. Se não for assim, fique só, pois será melhor. Sendo assim. Então ame, se tiver sorte.
“Há três coisas que são maravilhosas demais para mim, sim, há quatro que não entendo: o caminho da águia no céu, o caminho da cobra na penha, o caminho do navio no meio do mar, e o caminho do homem com uma donzela”. Pv.30:18-19.
Salomão

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Toma lá, dá cá


Não é minha intenção fazer comentários sobre nenhum programa humorístico da TV, só achei o título apropriado.
Toma lá, dá cá é o tipo de relacionamento que nós costumamos ter com nosso próximo. Se alguém faz algo por nós ficamos em dívida com essa pessoa. Se fizermos um favor para alguém essa pessoa fica em dívida conosco. Muita gente vai dizer “mas eu não ajo assim”. Então experimente ajudar uma mesma pessoa diversas vezes. Vá a essa pessoa, peça ajuda e receba um “não” como resposta. Imediatamente virá a sua memória todas as vezes que você a ajudou e agora que você precisa não foi ajudado. Indignação. É isso que você sentirá. Isso porque no seu íntimo existia o sentimento de que alguém que você ajuda sempre fica em dívida com você pelas vezes que você creditou na vida dela. Toma lá, dá cá. Isto é, eu te ajudo, mas quando eu precisar você me ajuda. Essa é lei dos homens.
Digo isso, porque costumamos transferir essa mesma relação humana de barganha, de toma lá, dá cá para Deus, por isso, temos dificuldade de compreendermos a graça de Deus.
A graça, para maioria de nós, ainda nos parece um segredo encoberto, indecifrável, porque estamos acostumados com essas relações humanas de segundas intenções, de pseudobondade, dessa expectativa velada de recompensa ou proveito pelo bem efetuado. Assim, começamos achar que Deus também é desse jeito, só que Deus não estabelece um relacionamento conosco com base nos relacionamentos humanos, por isso, ele é Deus.
Quantos ainda se aproximam do Deus de toda graça com o pé atrás por toda bondade que ele tem demonstrado a nós. As pessoas ainda estranham esse tão grande amor de Deus. Encarnação, sofrimento, morte, ressurreição, promessas, vida eterna. Tudo isso por um simples ato e fé e obediência em amor? Os benefícios são infinitamente maiores que a parte que cabe a mim, mas é exatamente isso que graça propõe.
Mas quando a esmola é muita o santo desconfia. É o que pensam alguns, e incomodados com a avalanche de bondade e amor de Deus, tentam inutilmente pagar-lhe todos os benefícios recebidos, pois se sentem mal por estarem em dívida com Ele. Só que ao contrário disso a graça não imputa dívida, ela cancela a dívida. Sendo assim, todo tipo de trabalho e esforço em nome de Deus que não for feito por amor é inútil, é sentimento de culpa, é sentimento de dívida. Nossos esforços para Deus ou em nome de Deus praticados sem amor são apenas tentativas humanas de comprarem as bençãos de Deus sem ficar devendo nada a Ele, mesmo sem haver dívida alguma.
Graça foi a decisão que Deus tomou de ser bom em troca de nada. Está tudo consumado em Cristo, o que nos resta é apenas aceitarmos de graça, essa graça oferecida a nós.

Pense nisso.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Indique o Caminho


Às vezes fico admirado como coisas tão simples e corriqueiras podem proporcionar uma sensação de prazer tão grande. Digo isso porque essas coisas costumam acontecer comigo. Quer ver um exemplo?
Sempre fica em mim um sentimento de alívio quando estou em um lugar que não conheço, precisando chegar em determinado endereço que não tenho a mínima idéia de onde fica e alguém se dispõe a ajudar indicando o caminho. E é melhor ainda quando a pessoa conhece e sabe exatamente onde fica o lugar que estamos procurando. A convicção com que a pessoa nos indica a direção nos dá a segurança e a tranqüilidade para seguir o caminho indicado, pois o sentimento de estar perdido em um lugar desconhecido por mais ameno que seja causa algum desconforto, por isso, quando se chega ao local desejado ainda que não se verbalize, interiormente parece que dizemos “Ufa! Que bom que consegui chegar!
O mesmo sentimento de prazer eu sinto quando acontece ao contrário. Nesse caso não sou mais eu quem está perdido, mas sim, alguém que se aproxima e pergunta: Como faço para chegar em tal lugar? Sinceramente, fico triste quando não posso ajudar. Quando sou obrigado a dizer: Desculpe, mas não sei. Por outro lado me sinto feliz quando consigo indicar o caminho certo. Como hoje. Estava voltando do trabalho quando um rapaz me perguntou: Onde tem uma vidraçaria por aqui? E eu disse sem titubear: Siga em frente e antes da curva, do outro lado da rua tem uma vidraçaria. Parece bobagem, mas fiquei feliz em ter a resposta.
O que escrevi tem uma aplicação espiritual.
Um dia estávamos perdidos, sem direção, sem Deus no mundo, mas em algum momento alguém nos apontou o caminho. Abriu-nos os olhos. Desviou nosso rumo dos atalhos que levavam à morte e apontou-nos o caminho da vida. Sendo assim. A primeira alegria é a de possuir e ao mesmo tempo de estar seguindo O Caminho.
A segunda alegria é aquela de poder ser a pessoa que aponta a direção para alguém que está perdido na vida sem a mínima noção de sentido existencial. Pessoas que não sabem de onde vieram, nem onde estão e muito menos para onde vão. Gente que está entrando e saído de ruas e vielas de sofrimento e decepção. Indivíduos sem nenhuma referência.
Acredito que dentro dessa perspectiva não existe alegria maior do que aquela de poder dizer com a convicção de quem já achou e conhece o endereço certo. Esse é o Caminho (Jesus), andai nele.

Pense Nisso!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Olhe o interior


Quer comprar um carro? Ótimo! Compre um carro zero, mas se não puder vá a uma agência de usados mesmo. Mas cuidado! Não se deixe enganar. As aparências enganam.
Nunca julgue um carro pela aparência exterior. Lataria lisa, pintura metálica, polimento irretocável. Você pode acabar levando gato por lebre.
Ao comprar um carro usado ou seminovo nunca deixe de verificar seu interior. O assoalho, o estofamento e principalmente o motor. Carro impecável por fora, estofamento rasgado por dentro e motor batendo biela debaixo do capô, acho que não é muito bem aquilo que você deseja.
Ao conhecer alguém não julgue sua aparência. Você pode se equivocar. Procure os valores interiores, eles costumam ficar escondidos. Quase nunca amostra. Sempre discretos ao primeiro olhar. Uma bela aparência, uma roupa engomadinha, uma linguagem polida, podem maquiar muito bem feiúras interiores.
Sei que meu conselho é difícil. Quem nunca cometeu esse deslize? Até o profeta Samuel cometeu. Lembra? Por pouco o irmão mais velho de Davi não foi ungido rei. Homem de guerra, boa aparência, porte de rei, mas coração de plebeu. Já Davi, não vou dizer que ele era o patinho feio, mas se fosse prevalecer o critério humano dificilmente ele seria ungido rei de Israel. Davi. Aparência de menino, porte de adolescente e um coração segundo o coração de Deus.
O mesmo olhar de julgamento esteve sobre Jesus. Nem de longe Cristo se parecia com algumas pinturas que conhecemos. Cabelos lisos, olhos azuis, corpo esguio, abdômen definido em exposição na cruz, nariz afilado. Um verdadeiro top model. Nada disso! Segundo o profeta Isaías, o mestre não possuía parecer, nem formosura. Olhando qualquer pessoa para ele, nada se via para que fosse desejado. No entanto esse homem era meigo, doce, justo, integro e quando sua boca se abria a graça se derramava.
Que o Deus que ajustou a visão do profeta, também ajuste a nossa visão nos fazendo seus imitadores.

“ Não atentes para a sua aparência, ... Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração”.

Pense Nisso!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Porque Deus criou o homem?


Pastores já foram indagados, professores de EBD já foram questionados, teólogos já foram sabatinados, mas a resposta parece não ser convincente. Não é difícil encontrar pessoas com a resposta na ponta da língua. Deus criou o homem para louvor da sua glória. Muito legal isso! Talvez essa afirmação satisfaça muita gente, não eu, e quem sabe nem a você. O problema é que essa explicação é muito simplista e pessoas reflexivas demais não se deixam convencer por esse tipo de resposta. É claro que isso é uma faca de dois legumes, ou dois gumes, como queiram, porque se por um lado pessoas com esse perfil buscam sempre mais clareza, mais profundidade e mais discernimento, por outro essas mesmas pessoas costumam complicar o que é simples, mas mesmo assim elas não conseguem se privar de pensar em outras hipóteses. Como eu sou um desses, convido você a pensar junto comigo.
Deus criou o homem para louvor da sua glória? Será que os anjos não faziam bem esse papel? Sem dúvida eles fazem isso bem melhor que nós. E o que dizer de um Deus que gosta de ser bajulado? Que necessita que criaturas limitadas como nós estejam adorando a Ele em todo tempo massageando seu ego? Será esse mesmo o nosso Deus? Acredito que não.
Então porque Deus criou o homem?
Estive viajando numa maionese espiritual com uma amiga sobre esse assunto e acho que tivemos uma revelação sobre isso. Bom, se não foi uma revelação, no mínimo acho que foi um pensamento bem legal. Pense comigo.
A Bíblia diz que a essência de Deus é o amor. Então, Deus é amor. Concorda? Só que o amor tem algumas peculiaridades, como por exemplo. O amor que se contenta em ser apenas para si não é amor. Amor que é amor deve ser direcionado, pois quando o amor se torna um fim em si mesmo ele deixa de ser amor e se torna egoísmo. Encontramos o amor expresso na Bíblia em três dimensões. Devo amar a Deus sobre todas as coisas e meu próximo como a eu mesmo. Então a ordem é a seguinte: Deus, eu e meu próximo. Deus ordenou isso ao homem e Ele mesmo está preso a sua Palavra. Deus nunca nos manda fazer coisas que ele mesmo não faça. Então Deus tem que amar a Deus. E Ele ama, nunca percebi Deus com problema de autoestima nos versículos da Bíblia. Mas Deus também deve amar ao próximo como a si mesmo, pois se amasse apenas a si mesmo sua essência não seria amor, mas sim egoísmo. O amor sempre quer se dar, se fazer notado, conhecido. Então Deus, como é amor, sente necessidade de mostrar quem ele é, creio que por isso ele decide criar o homem. Ao fazer isso Deus cumpre aquilo que ele mesmo nos recomendou a respeito de amar ao próximo. E quem seria o próximo de Deus? Não seríamos nós, pessoas formadas a sua própria imagem e semelhança?
Concluindo. Creio que Deus criou o homem porque Ele amor. Apenas por isso! E eu que critiquei tanto respostas simplistas acabei por formular uma, mas pelo menos argumentei. Pode ser uma viagem o que escrevi, mas como disse antes, eu achei bem legal.
Pense nisso!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Conversa de anjo


Escrevi esse texto bem humorado já faz algum tempo. Espero que não escandalize ninguém. Rssss.

A estória começa assim ...

Como vocês sabem Gabriel é o anjo que assiste diante de Deus, ele tem acesso livre à sala do Trono e tem liberdade para entrar e sair de lá sempre que precisar. O Criador sempre conta com ele para realizar as tarefas mais importantes e coordenar o trabalho dos anjos. É Gabriel quem faz as escalas, distribui as missões e quem verifica os relatórios após o cumprimento de cada tarefa. Ele é muito respeitado e muito querido dos demais anjos, e não poderia ser de outra forma, afinal ele trabalha direto com o “Filho do homem”.
- Gabriel!? Como que a gente faz pra arranjar uma “boquinha” na sala do trono? Perguntou um dos anjos.
- Que boquinha!? Tá pensando que isso aqui é Brasil é? Pra chegar onde eu estou foi à custa de muita ralação. Venho seguindo o plano de carreira celestial desde antes da fundação do mundo. Glória seja dada ao Criador que viu meu esforço e meu sofrimento enquanto estive subordinado aquele infeliz.
- Que infeliz Biel? Tá falando de quem? Perguntou um anjo.
- Ora, de quem!? De Lúcifer é claro! Aquele traidor!
- A rebelião dele pra mim não foi novidade. Ele sempre foi muito metido a “besta” e se achava melhor do que todos aqui. Além disso, ele sempre criticava o que o Criador fazia. Lembra quando o Criador nos reuniu para nos mostrar o projeto original da criação? Enquanto Jeová nos mostrava com entusiasmo a geografia da Terra, as cores que escolheu, os animais que planejou e tudo mais. Lúcifer murmurava com seus comparsas. Ele achava que o oceano deveria ser negro em vez de azul. Para ele a neve das montanhas deveria ser vermelha e a cor do céu deveria ser verde. Dizia ele que o Criador não entendia nada de decoração. Depois que ele foi expulso daqui Jeová permitiu que ele decorasse o inferno do jeito dele. Hoje ele mora naquele lugar horrível e está crente que está abafando. Na verdade até está. O inferno é quente pra caramba.
- Realmente Biel. Aquele lugar é horrível, um verdadeiro chiqueiro. Dá até pra entender porque aqueles imundos gostam tanto de entrar em porcos. Sem falar naquele cheiro insuportável de enxofre e aquele “futum” de pecado no ar.
- Mas deixa estar, porque o que é dele já está guardado. Miguel não vê a hora de prender aquele ladrão, assassino e traidor. Como ele costuma dizer “lugar de bandido é na cadeia”. E durante o reinado do Messias esse sem vergonha vai cumprir uma pena de mil anos.
- È verdade. Eu li isso no Santo Livro. Falou outro anjo e continuou. Mas Biel, não tem perigo dele ter a pena reduzida por bom comportamento?
- Alôou! Já falei que aqui é o Reino de Deus não é Brasil. Não existe redução de pena aqui. Deus é amor, mas também é justiça. O Cordeiro já estabeleceu a sentença e o príncipe deste mundo já está julgado. Além disso, você acredita que o diabo vai ter bom comportamento? Fala sério!
- Biel. Também li no Santo Livro que depois dos mil anos ele será solto novamente. Será que depois de mil anos no “chilindró”ele toma jeito?
- Meu querido acho você deveria ter lido o próximo capítulo. Já viu cadeia dar jeito em marginal? Pois é, ele vai sair de lá pior do que entrou. Vai enganar todo mundo de novo e vai fazer com que todas as nações se levantem contra Israel e o Cordeiro.
- Quer dizer que vai ter guerra Biel? Beleza! Estou doido pra “dar na fuça de uns demônios”. Se alegrou um anjo socando uma mão na outra.
- Não, não. Dessa vez não vai ter batalha. Jeová vai resolver tudo. Ele simplesmente vai assopar. “Fúúú ...” e consumir todo mundo. Ele não que ter muito trabalho.
- Vai ser simples assim?
- Simples assim. Aí vem melhor parte. Depois disso Jeová vai tomar todos aqueles demônios e anjos rebeldes e vai jogá-los no lago de fogo e enxofre. Depois desses vai o capeta (a chapa vai esquentar para o lado dele). Quem adorou esse negócio de lago de fogo foi o Misael, Ananias e Azarias. Eles disseram “É para esse traidor imundo ver se bom jogar os outros na fornalha”.
- Mas voltando ao assunto. Como eu ia falando no início da conversa eu ralei à beça para chegar onde estou, mas parece que alguns herdeiros do reino ainda não sabem disso e toda hora me solicitam para fazer alguma coisa. Tudo é Gabriel. Gabriel pra lá, Gabriel pra cá, Gabriel na oração, Gabriel no ensaio. O pessoa vive pedindo ao Criador “Senhor, envia Gabriel na casa de fulando”. Que inferno! Ops! Eu quis dizer “Misericórdia!”.
Acho que esse pessoal pensa que só existe eu de anjo aqui no céu. Pior é que eles também acham que eu sou onipresente. É Gabriel em Madureira, Gabriel em Cavalcante, Gabriel em Vicente de Carvalho, Gabriel na Pavuna. É Gabriel até no Líbano. Assim tá ficando difícil ser anjo. Acho até que vou pedir ao Criador pra acrescentar mais um mandamento “Não tomarás o nome de Gabriel em vão”.
- Bom Biel já que você tá falando nisso (disse um anjo), eu acabo de vir lá de baixo e tá correndo um boato que estão querendo abrir uma nova igreja.
- Isso não é novidade (disse Biel), todo dia eles abrem uma nova e tem cada nome. Igreja do cuspe de Cristo, Igreja Jesus vem você fica, Assembléia de Deus e o vento levou, Igreja Bola de Neve, Bola de Fogo, Bola de sorvete. Ah! Sei lá. Esse povo não tem mais o que inventar.
- Tem sim Biel. Sabe qual é a nova? Disse o anjo.
- Qual? Perguntou Biel com ar de curiosidade.
- Igreja Evangélica da asa do Anjo Gabriel.
Ao ouvir isso Gabriel colocou as mãos na cabeça e gritou.
- NÃÃÃÃÃÃOOOOOOO !!!!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Você está limpo?


Verão. Sol a pino, calor escaldante, temperatura quase insuportável. Sinceramente fico com pena daqueles que pelos ossos do ofício são obrigados a andarem engomadinhos e engravatados. Eu não preciso. Graças a Deus!
Mas quem não sofre com o calor? Quem não fica incomodado com suor que escorre pela pele ensopando e fazendo colar a roupa no corpo? Junte a isso a poeira e a poluição, e o resultado é uma desconfortável sensação de sujeira.
Nessa hora qualquer ser humano normal suspira por apenas uma coisa. Um bom banho.
Não foram poucas as vezes que cheguei da rua ansiando apenas tomar uma boa ducha d’água, muitas vezes gelada.
Você deve saber do que eu estou falando.
A sensação de sentir a água caindo no corpo levando consigo toda imundície é maravilhosa. É possível sentir a poeira se descolando do corpo sendo levada diretamente para o ralo. O sabonete passeando pelo corpo imprimindo seu aroma completa o prazer de um bom banho. Ao fechar o chuveiro o sentimento que se segue após esse ritual sagrado, pelo menos para mim são dois. O primeiro é que definitivamente estou limpo. E o segundo é que pareço ser um novo homem. Totalmente renovado.
Toda vez quer tomo uma ducha gelada depois de um dia quente e abafado, não existe uma única vez que não me lembro das palavras de Jesus: “...vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado”.
É isso que a Palavra produz em nós, a certeza e a convicção de que estamos limpos. E se um simples banho transmite a impressão sermos novas pessoas, uma verdadeira experiência com Jesus não deixa apenas uma impressão, mas de fato Ele nos transforma em novas criaturas.

Se alguém está ligado a Cristo transforma-se numa nova pessoa; as coisas antigas passaram; tudo nele se fez novo”. II Co.5:17

“vós maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela. Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra”. Ef.5:25-26.
Pense nisso.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Desistir nunca, render-se jamais


Na verdade tirei esse título de um filme já bem batido do ator Jean Claude Van Dame. Achei ele bem apropriado, mas não é sobre filmes que quero falar. Meu assunto é bem mais espiritual.
Há pouco tempo fui a uma reunião de oração em uma igreja a qual muito aprecio. Antes de
dobrarmos os joelhos o pastor nos trouxe uma reflexão. Ele pediu para que abríssemos no texto de Lucas 18. Então imediatamente pensei “Esse texto eu conheço de cór e salteado. É a parábola do juiz iníquo. Já preguei diversas vezes nesse texto e dificilmente esse pastor dirá algo diferente do que eu já tenha percebido nele”. Quanta prepotência!
Pois bem. O pastor leu apenas o primeiro versículo que diz “E Jesus contou-lhes uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desanimar”. Lc.18:1. Então ele destacou apenas uma palavra, dever. O sabichão aqui, o oráculo, o guardião da revelação nunca havia percebido isso. Bem feito para mim. Então a primeira lição que aprendi é muito básica. Ninguém sabe tudo a respeito de tudo, todos temos algo mais a aprender com alguém, ainda mais quando se trata de assuntos espirituais.
A segunda lição está no próprio texto lido. Jesus está dizendo que orar é um dever, uma santa obrigação. Isso responde a uma série de questionamentos a respeito da oração. Por exemplo: Devo orar mesmo quando não estou com vontade? É sincero orar mesmo quando não estou a fim? Deus aceita esse tipo de oração? A resposta é sim para todas as perguntas. Oração para o crente é dever. Um cidadão paga impostos independente da sua vontade. A maioria das pessoas se levantam para trabalhar com vontade de ficar mais um pouco na cama. A oração é a mesma coisa. Devemos orar contrariando a vontade. Indo contra a nossa carne. Combatendo o desânimo. É muito mais fácil passear no shopping, ir a praia, bater papo com os amigos do que orar. Nada disso é pecado, mas essas coisas não contrariam nossa natureza. A dificuldade em orar só pode ser vencida pelo hábito de orar. Quem não decide iniciar uma vida de oração nunca terá uma de oração.
A terceira lição desse versículo eu encontro nas palavras “sempre” e “nunca”. Esses são dois advérbios de tempo. Observe. A primeira palavra é sempre e não muito. Eu posso orar muito hoje e amanhã não orar nada. A vida cristã não é feita de intensidade, mas de constância. Li sobre um homem de Deus que dizia o seguinte “Eu não oro mais do que dez minutos, mas também não passo mais que dez minutos sem orar”. Isso é orar sem cessar.
O outro advérbio de tempo é “nunca”. Essa palavra não abre precedentes, independente das circunstâncias. No texto o nunca aparece associado ao desânimo. Parece que Jesus sabia muito bem a força do desânimo sobre a vidas das pessoas. Ele sabia que o primeiro fruto do desânimo é a desistência. Se desistirmos de orar o nunca se estabelece em nossa vida. Quem desiste de orar nunca vencerá, nunca conquistará, nunca crescerá.
Jesus termina esse parábola perguntando “Quando vier o filho do homem, porventura achará fé na terra?”.
A desistência da oração demonstra a intensidade de nossa de falta de fé.

Pense nisso.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Nesse novo ano, tente com Deus


Se pensarmos friamente é apenas mais um dia como outro qualquer. Então qual a diferença entre 31 de dezembro de um ano e 1 de janeiro de outro ano? Cronologicamente não existe nenhuma diferença. Tanto um dia quanto o outro oferecem 24 horas a todos, é verdade, mas emocionalmente e psicologicamente muda muita coisa. Afinal esses dois dias representam fechamento e abertura, fim e começo, o alfa e ômega.
O grande Carlos Drumond de Andrade disse que o indivíduo que dividiu o tempo em fatias é um gênio, e eu concordo. Isso foi idéia do próprio Deus. É como se estivéssemos escrevendo uma redação com tema livre e depois de concluí-la percebemos que aquilo ficou uma porcaria, então em vez de ficarmos apagando palavras, frases, parágrafos decidimos amassar tudo e começarmos de novo com um novo tema e uma nova história.
Decidir recomeçar ao início de um novo ano é fabuloso, mas concorda que 365 dias são muita coisa? E que esperar tanto tempo para tomar uma nova postura, uma outra decisão e assumir um novo projeto acaba sendo perda de tempo?
O mesmo Deus que nos proporciona recomeços ao termino de cada ano, também nos oferece oportunidades de trazermos o novo para nossa vida sem termos que esperar tanto tempo. Se alguém sente necessidade desse artifício psicológico para se levantar e sair da inércia otimize seu tempo. Recomece a cada mês. Serão doze tentativas no ano. Ou então inove a cada semana. Serão no mínimo 52 novas oportunidades. E melhor ainda. Seja ousado(a) e faça de cada manhã um novo começo.
Não quero com essas palavras seguir a moda motivacional. Assim como a maioria das pessoas, acabo empurrando com a barriga algumas mudanças de poderia começar hoje. Porque deixar para depois do carnaval o regime que já devia ter começado ano passado? O novo não cai do céu, pelo menos na maioria das vezes. Então não devemos cair no engodo do tempo. Como já dizia a canção “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Os dias não são mágicos. Sim, um novo ano, um novo mês podem produzir expectativa e esperança, mas a esperança trabalha com a fé e a fé sem obras, movimento, ação, é morta.
Então se encha de esperança a cada novo começo, mas não se esqueça de agir e ao agir não faça sozinho. Estabeleça uma parceria com Deus. Porque negócios onde Ele está como parceiro não quebram, e o negócio de que falo aqui é a vida, com todas as suas nuances, complicações e demandas que ela exige de nós. Por isso tente com Deus.

“Senhor já temos trabalhado a noite toda, mas sob a tua palavra lançaremos a rede”.
Pedro.

Pense nisso!

O ano em fatias


“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança,
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar
e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação
e tudo começa outra vez, com outro número
e outra vontade de acreditar
que daqui para diante,
vai ser diferente. “

Carlos Drummond de Andrade