quarta-feira, 23 de abril de 2008

Dengue Espiritual


Será que existe isso? Acredite, existe.
Não é novidade para ninguém que estamos sofrendo uma epidemia de dengue e que milhares de casos já foram registrados em nosso estado, inclusive com algumas mortes.
Mas em que isso se relaciona com a vida cristã? Se fizermos uma rápida associação iremos perceber algumas semelhanças.
Para começar a dengue é uma doença assim como o pecado é uma doença espiritual. Dengue quando não mata, deixa a pessoa arriada, tal qual o pecado. Paulo disse que “... o salário do pecado é a morte ...”. Rm.3:26. Como ninguém quer morrer devemos evitar a qualquer custo viver na prática do pecado.
Outra comparação é maneira como a doença é transmitida. Existe um agente transmissor. A dengue não surge do nada, tem o tal do mosquito Aedes Aegypt que a transmite a doença. O pecado também não surge do nada, e o Aedes Aegypt espiritual pode ter vários nomes. Pode se chamar: mentira, maledicência, sensualidade, imoralidade, inveja e etc ... Tudo isso transmite dengue espiritual. Essas coisas quando não matam, derrubam qualquer crente. Davi sofreu dessa enfermidade espiritual em seu romance com Bete-Seba. Primeiro cobiça, depois adultério, para em seguida praticar um homicídio. Sabe o diagnóstico? Dengue espiritual hemorrágica. Vejas as conseqüências registradas no salmo 38:1-7. Doenças psicossomáticas, sentimento de culpa, falta de paz, abatimento, desânimo ... A dengue espiritual pegou e deixou seqüelas gravíssimas na vida do rei.
Mas tem uma coisa, mosquito não nasce mosquito. Antes de ser mosquito ele era uma larva. Com o pecado é a mesma coisa, sempre existe um estágio anterior a ele. A larva do pecado se chama embaraço. A Bíblia diz que “devemos deixar todo embaraço ...” Hb.12:1. Embaraço pode ser um monte de coisas: uma amizade inconveniente, um programa de televisão, alguns sites na Internet, um namoro acalorado. Todas essas larvas podem se transformar em mosquito transmitindo dengue espiritual.
Então como evitar essa doença espiritual? Simples. Destrua todos os focos da dengue espiritual. Não permita que sua vida possua, ou seja, uma água parada.
Crente que não ora, não busca a Deus e não se santifica está se permitindo ser uma água parada. Água também simboliza a Palavra de Deus. Toda mensagem nos foi ensinada, pregada, ministrada e não foi praticada é água parada. Mas a água também representa o Espírito Santo, que não é água parada, mas um rio que se renova dentro de nós. Jo.7:38.
Ainda existe uma outra forma de se precaver dessa doença. Use repelente espiritual. Cubra toda sua vida com um óleo especial chamado unção. O diabo, o indutor do pecado, odeia crente com cheiro de unção.
Será que existe alguém sofrendo de dengue espiritual? Então corra para o consultório do Dr. Jesus. O hospital dele tem espaço para todos, mas o tratamento ele já deixou. Foi o que Davi fez “Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado. Por isso, todo aquele que é santo orará a ti, a tempo de te poder achar; até no transbordar de muitas águas, estas não lhe chegarão”. Sl.32:5-6.
Isso mesmo! A cura para dengue espiritual é: arrependimento, confissão e perdão através do sangue de Jesus.

Pense Nisso.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

A dor do não vivido


Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.

Sofremos por quê?

Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras
nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e
nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido?

A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.

Carlos Drummond

terça-feira, 8 de abril de 2008

Para quem acha que é mal pago


Talvez onze entre dez pessoas acham que são mal remuneradas. Tudo bem que a comparação foi um pouco exagerada, mas a grande verdade é que a maioria das pessoas vivem insatisfeitas com o que vêem no contra cheque no final do mês. Mas será que realmente elas ganham pouco?
Antes de respondermos a essa questão ou reclamarmos do nosso salário devemos considerar alguns pontos importantes:
1) É bom lembrarmos que mesmo que seja pouco o que recebemos no final do mês, tem muita gente querendo ganhar o que ganhamos.
Existem pessoas desempregadas há tanto tempo que aceitariam qualquer coisa, até enxugar gelo, nem que fosse para ganhar meio salário mínimo, sem falar que esse negocio de reclamar não agrada nada a Deus.
2) Antes de reclamar do salário se pergunte quantas pessoas em sua empresa sabe fazer o que você faz e qual é o grau de complexidade do seu trabalho?
Se seu trabalho pode ser feito por qualquer um, ou quando sai de férias você só leva um dia ou alguns minutos para explicar seu serviço para alguém que nunca o fez, então levante as mãos e glorifique a Deus todos os dias, apenas pelo simples fato de estar empregado.
3) Tudo bem, em seu trabalho só você sabe fazer o que você faz, e não é tão simples assim ensinar o que você faz para outra pessoa. Mesmo assim se pergunte. Se me mandarem embora, seu eu pedir demissão, ficar doente ou acontecer alguma coisa que me impeça de trabalhar, será fácil para a empresa encontrar no mercado um profissional para me substituir?
Digo isso porque nós valemos o equivalente ao que há de escasso no mercado. Por exemplo. Por diversas vezes o Real Madrid manifestou o desejo de tirar o Kaká do Milan, mas o time italiano disse que não quer nem conversa. O jogador brasileiro é inegociável. Porque o time Espanhol quer Kaká? Porque o Milan não quer vender? A resposta. Poucos jogadores no mundo são tão bons ou fazem o que ele faz. Será que ele ganha pouco? Não, pelo contrário, ele ganha muito bem por isso.
Então acredite. Se ao sair de uma empresa você pode ser substituído rapidamente e facilmente esteja satisfeito com o que você recebe no final do mês, você ganha muito bem.
4) Por último pergunte-se o quanto o seu trabalho agrega valor à empresa.
Seu trabalho traz alguma receita para a empresa? Promove alguma vantagem em relação aos concorrentes? Ajuda a atrair ou manter clientes? Faz sobressair a imagem da empresa de forma positiva?
Um Office boy, um auxiliar administrativo, uma auxiliar de serviços gerais, por mais úteis que sejam, não podem reclamar que ganham menos que um vendedor, um diretor de marketing ou um contador. Não é menosprezo aos profissionais, é apenas uma questão de associação de valor.
Se depois de considerar esses pontos e responder sinceramente as questões que levantamos você ainda achar que ganha mal, você tem todo o direito de negociar um aumento de salário, mas se não for esse seu caso faça de tudo para seu chefe não perceber que você não faz falta.

Esse assunto também é espiritual.

Pense nisso!

sábado, 5 de abril de 2008

A igreja pode fazer mal



Isso não é nenhuma heresia, vou tentar explicar.
Quando me refiro a igreja não estou me referindo a igreja, corpo místico de Cristo, mas sim, falo da instituição igreja, com seus costumes, tradições, cultura e etc.
A igreja pode fazer mal quando ensina, ainda que involuntariamente, que a vida só gira e acontece em torno da própria igreja e seus ministérios. E quantos dedicam sua vida, seu tempo, sua energia dentro daquele mundinho eclesiástico. A igreja instituição passa a ser o centro do universo onde muitos buscam sua realização pessoal tentando alcançar os mais altos níveis dentro dela, tudo em nome do status, da fama e do poder que ela pode proporcionar, não é de hoje que essas motivações impulsionam os homens e isso pode acontecer em todos os lugares, em qualquer comunidade, e porque não na igreja?
A igreja pode ser prejudicial quando ela vira palco, tablado para exibição de talentos. Para se mostrar quem canta mais, quem ora mais, quem profetiza mais, quem prega mais e assim por diante. Tudo isso em nome da vaidade e do egocentrismo, onde a glória de Deus não passa nem perto, apesar das pessoas nunca deixarem de dizer que tudo é para Ele, nem que seja da boca pra fora.
A igreja pode fazer mal quando ela nos faz pensar que pelo fato de sermos crentes somos melhores do que os outros e em nome de uma santidade que não tem nada a ver com que Cristo ensinou nos obriga a nos afastarmos das pessoas que não são crentes. Porque afinal de contas eles são ímpios e não podemos nos contaminar. Assim alguns vivem em total isolamento, mesmo cercado por pessoas no trabalho, na faculdade, no curso e etc., vivendo desse jeito pode-se até obter um sentimento de pseudo-santidade, mas também não se influencia ninguém e o evangelho também não é anunciado, pois esse evangelho de Jesus é um convite à vivência e não ao isolamento.
A igreja pode fazer mal quando ela ensina que tudo na vida se resolve espiritualmente. Quando ensinamos que para ter uma vida próspera basta ser dizimista, ou então, basta crer, ter fé e confiar. É claro que esses elementos fazem parte da vida cristã, mas essa não é toda verdade. Existe uma lei de colheita e semeadura. Essa semeadura fala de esforço, trabalho, estudo, dedicação, em fim, a parte que nos cabe. Falo isso porque vejo muita gente esperando tudo cair do céu enquanto ficam de braços cruzados.
A igreja pode fazer mal quando ela dá mais poder ao diabo do que ele realmente tem e culpa a ele por tudo de ruim que acontece em nossa vida sem levar em conta a soberania de Deus, fatores naturais e nossas próprias decisões e escolhas que sem dúvida produzirão frutos bons ou ruins dependendo da semente que plantamos. O diabo não deve ser ignorado, mas de forma alguma deve ser super estimado, pois ele não é independente, e para tocar em um crente fiel ele precisa pedir a “benção” ao Senhor.
A igreja pode fazer mal quando invalida a cruz de Cristo pregando que se queremos receber alguma coisa do Senhor temos que nos sacrificar. Esse sacrifício pode ser uma quantia em dinheiro, pode ser desgastar-se em algum ministério ou trabalho na igreja, pode ser o ingresso em campanhas de oração e jejum e etc. Tudo isso é muito bom de ser praticado quando é feito espontaneamente, desinteressado, por amor, e não como instrumento de troca e negociação com Deus. Além disso, o que de mais precioso poderíamos receber de Deus, nós já recebemos. Nossa salvação em Cristo, as demais coisas vêm no pacote. Rm.8:32.
A igreja pode fazer mal quando só ensina legalismos e proibições gerando pessoas reprimidas e neuróticas a respeito do pecado. Não toque. Não faça. Não manuseie. Regras que como disse Paulo, “tem aparência de sabedoria, com sua pretensa religiosidade, falsa humildade e severidade com o corpo, mas não tem valor nenhum para refrear os impulsos da carne”. Cl.2:23, quando na verdade o evangelho é simples, é seguir a verdade em amor, é amar o próximo como a si mesmo, é fazer aos outros o que desejamos a nós mesmos. O resto é o resto.
É claro que essa não é a realidade de todas as igrejas, mas esse texto representa o quadro de muitos lugares por aí.

Pense Nisso!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Você conhece algum levita?


Claro que sim! Alguém pode responder. Na verdade quem não conhece, nem que seja uma só pessoa que canta na igreja, que faz parte do ministério de louvor, que toca algum instrumento, que gravou cd, dvd ou coisa parecida?
Quantas vezes nos referimos a essas pessoas como levitas, mas será que podem ser consideradas levitas de verdade?
Digo isso porque a Bíblia considera levita, aqueles que são israelitas pertencentes à tribo de Levi. Ah! Mas isso não tem nada a ver. Eles são levitas espiritualmente, assim como a igreja espiritualmente é o Israel de Deus. Bem, não sei. Não vejo a Bíblia dando amparo a isso, principalmente no Novo Testamento, vejo a igreja sendo tratada como igreja e Israel como Israel. Mesmo quando somos tratados de Reis e Sacerdotes, Nação Santa, Povo Escolhido e etc, não quer dizer que Israel é tipo da igreja, sendo assim a comparação com os levitas também não cabe.
Outra coisa que gostaria de destacar é uma característica especial dos levitas. Segundo diz a Bíblia, os levitas não possuíam herança, bens ou propriedades. A porção dos levitas era o Senhor.
Tem gente que quer ser levita, mas quer herança. Cantores, músicos e etc, sendo tratados como verdadeiras estrelas, cobrando cachês altíssimos, fazendo exigências exorbitantes, morando em verdadeiros palácios, andando em carros caríssimos e ainda querem ser chamados de levitas. Está certo que os levitas eram sustentados pelas ofertas do povo, mas recebiam apenas o suficiente para seu sustento, já nossos levitas atuais ...
Meu objetivo com esse texto não é causar polêmica, só quero colocar os pingos nos “is”. Se alguém quiser continuar cobrando absurdos para cantar, ministrar ou tocar que o façam, mas, por favor, não digam que são levitas.