terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Que o final seja como o começo (Parte 2)


Cair não é nada bom. Nada bom mesmo.
Quando as bolsas de valores em todo mundo caem, o mercado financeiro entra em colapso.
Quando uma criança cai, o pai se preocupa.
Quando um ciclista cai acontecem alguns arranhões.
Quando um velocista cai, ele perde tempo e na maioria das vezes a corrida.
Quando um avião cai o desastre é quase total.
E quando um crente cai? Na maioria das vezes essa pergunta é respondida com outra. Caiu com quem? Isso porque para um bom número de crentes o cair só tem uma referencia, ou melhor, duas. Adultério ou fornicação. É claro que essas práticas são quedas, mas são quedas porque são pecados, sendo assim, toda prática que desagrada a Deus é vista como queda, por isso, a humanidade está decaída, porque seu estilo de vida fere os princípios de Deus.
Mas a despeito da queda, conhecida como pecado original, existe um tipo de queda que só os crentes podem ter. Veja você mesmo. “Lembra-te, pois de onde caíste...” Ap.2:5. Mais um vez o texto fala da igreja de Éfeso. A aquela igreja não era adúltera, corrupta, infiel ou coisa parecida, mas aos olhos de Jesus ela estava caída. A que queda Jesus se referia? Seria a queda nos dízimos e ofertas? Seria a queda da freqüência aos cultos? Ou seria a queda no número de crentes? Nada disso! O que caiu foi a intensidade do amor, da paixão pelo próprio Cristo. Para Jesus quando a paixão diminui estamos caídos.
Ao meditar sobre isso, me lembrei da história de dois obreiros cascudos de uma igreja que observavam um novo convertido no auge da paixão. Ele era todo entusiasmo, gratidão, louvor, serviço, amor e adoração. Então um dos obreiros comentou com o outro “Lembra como nós éramos no início? Iguaizinhos aquele jovem, cheios de paixão e entusiasmo, só que agora o tempo passou e já não somos mais a mesma coisa. O que você acha de alertarmos aquele jovem para ir mais devagar?”. O outro obreiro concordou e ambos foram falar com o rapaz. Então eles se aproximaram e disseram “Meu filho, nós temos observado seu fogo, sua paixão pelo Senhor, mas olha só, nós um dia também fomos assim. No início éramos iguaizinhos a você, mas com o tempo isso vai mudar, por isso não precisa tanto exagero”. Então o rapaz olhou para os obreiros cascudos e disse “Se com o tempo eu ficar como vocês eu paro, volto e começo tudo de novo”.
Esse jovem tem razão. É melhor voltar e começar novamente do que se tornar um falso crente maduro, que pensa que é adulto, mas que na verdade perdeu a paixão. O grande problema não é cair, o maior problema é não querer se levantar. É a indiferença, é o tanto faz, tanto fez. A renovação da paixão sempre será fruto de um sentimento de insatisfação causado pelo reconhecimento de que o amor pelo mestre já não é como no início.
Portanto “Lembra-te de onde caíste, arrepende-te e praticas as primeiras obras”. Ap.2:5.

Pense nisso!

Um comentário:

Anônimo disse...

era o que eu estava precisando ouvir.