terça-feira, 4 de março de 2008

Extravagantes até demais


A extravagância está na moda em muitas igrejas. Vocês já deve ter ouvido falar de louvor extravagante, adoração extravagante e coisas do tipo. O problema é toda essa extravagância é extravagante demais.
Li em algum lugar uma frase que nunca mais esqueci, ela diz o seguinte “a hora em que os crentes mais mentem é na hora em que estão cantando”. Sabe que eu concordo. Quantas vezes nos deixamos levar pela harmonia e pelas notas melodiosas de um louvor. Por vezes até nos emocionamos, choramos, nos prostramos, colocamos o rosto no pó e externamos tantas outras demonstrações de um aparente quebrantamento. Quem nunca se sensibilizou ao cantar “ Abro mão dos meus planos, abro mão dos meus sonhos, abro mão da minha vida por ti”? Mas será que se o Senhor realmente nos pedir tudo isso estamos dispostos a abrir mão? Não me responda, responda a si mesmo. Sem falar de outras canções que retratam uma intimidade com Jesus que fica apenas no nível do desejo e nunca da prática. Algumas letras chegam a dizer “Jesus eu quero vestir sua camisa, com as mangas maiores que os meus braços, correr pela casa ao teu encontro e me abandonar no teu abraço”. Bom, qualquer dia alguém vai compor uma música dizendo que quer brincar de cavalinho com Jesus, pedir a Jesus que faça bilú, bilú com ele e coisas do tipo.
Olha não quero julgar o coração que quem escreve tais letras, mas a grande maioria do povo reproduz isso com muita inconsciência, com um profundo emocionalismo e sem nenhuma reflexão. É um desejo de intimidade que não leva a oração, à Palavra e ao serviço.
Concordo que o amor deve ser extravagante, exagerado no início, mas ele deve crescer para que ele não seja menino a vida toda, mas quando ele crescer e se tornar maduro demais, quase envelhecido é hora de novamente voltar a ser menino para que não se torne religioso. Assim estamos sempre voltando ao primeiro amor.
A vida cristã é um ciclo e é assim que deve ser. Nunca estática sempre dinâmica a fim de que não fiquemos estacionados em nenhum dos extremos, digo na extravagância ou na suposta maturidade envelhecia. Assim nos renovamos em Deus dia após dia.
Lembrem-se do que Jesus falou da sua geração “Esse povo me honra com seus lábios, mas seu coração está longe de mim”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Não poderia deixar de fazer um comentário a respeito deste tema tão polêmico. tendo o cuidado de não generalizar, preciso dizer que é verdade que precisamos ter muito cuidado com o que cantamos. Algum tempo atráz tinha uma canção que estava no alge do sucesso que dizia o seguinte: "Faz de mim um vaso, quebra-me por dentro, faz um movimento bem no fundo do meu coração"...
e uma outra q ainda faz muito sucesso: "quebra minha vida e faça de novo...
Ao cantar essas musicas não nos damos conta do que é um vazo ser quebrado... se parar pra pensar, vamor chegar a conclusão de um vaso quebrado se colado ficam as marcas das rachaduras, ou seja, não volta mais ao que era antes, e ainda cheio de marcas feias. Trazendo para a vida pessoal,o efeito de "ser quebrado", na maioria das vezes não traz o efeito que se deseja, que é uma nova criatura cheia de coisas lindas e maravilhosas a contar, muito ao contrário do que se pensa, devido ao grande sofimento de "ser quebrado", deixam as pessoas amargas e frias pelas cicatrizes que ficou.
Pensando nisso e concordando com vc meu amigo, hoje a minha canção é essa:
"Distante de Ti Senhor não posso viver,
Não vale a pena existir
Escuta o meu clamor, mais que o ar que eu respiro
Preciso de Ti"...

Parabéns pelo seu blog, tem me edificado muito.
um beijo grande querido!

Eliane Camilato