quinta-feira, 20 de março de 2008

Páscoa, um sacrifício de valor


A páscoa nada mais é do que a celebração de um sacrifício, e nada que possua valor é conquistado sem sacrifício.
Para alguém se formar em uma faculdade é necessário sacrificar. Sacrificar o tempo, as finanças, alguns prazeres e muitos neurônios.
Para se manter um casamento, diversas vezes uma das partes tem que sacrificar. Sacrificar o orgulho, a opinião, a razão.
Para se conquistar uma medalha olímpica, atletas se sacrificam. Sacrificam o corpo, a vontade, o desejo.
Pare dar um futuro digno aos filhos, pais se sacrificam. Sacrificam sua energia, sua força e até mesmo a própria saúde.
Vou repetir. Nada que possua valor é conquistado sem sacrifício.
Nossa salvação não foi diferente. Para que vidas fossem salvas, perdoadas, transformadas alguém teve que se sacrificar.
Há pouco mais de dois mil anos, em uma noite de sexta-feira Jesus foi levado a um julgamento, considerado por juristas um dos mais injustos de toda história. Testemunhas falsas depuseram contra ele e mentido o difamaram. Sem nenhum temor insultaram o filho de Deus. Na sua cabeça colocaram uma coroa de espinhos. Cuspiram no seu rosto, bateram na sua face. Suas costas foram açoitadas por 39 chicotadas, seu corpo foi marcado, seu sangue derramado. Seus amigos, aterrorizados de medo fugiram. Seu povo o trocou por um malfeitor e apesar de nunca ter cometido crime algum a sentença contra ele foi: “Crucifica-o”. E ele? Ele simplesmente se calou. Palavra alguma saiu de sua boca. Como ovelha muda foi levado ao matadouro. E por fim, ainda o pregaram em uma cruz. Cruz que não era dele, mas que era minha e era sua. Nela cravaram seus pés, pregaram suas mãos. O sangue corria por sua face, as chagas aumentavam sua dor. “Se és filho de Deus desce da cruz”. Gritavam os zombadores. Mal sabiam eles que ele poderia fazer isso a hora quisesse, mas como diz as escrituras “tendo nos amado, ele amou até o fim”. No auge do sofrimento Cristo bradou “Está consumado”, para pouco depois dizer “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. Estava ali, o Cordeiro pascoal sacrificado no altar da cruz.
Lembre-se. Nada que possua valor é conquistado sem sacrifício.
Para que nos alegrássemos, alguém teve que se entristecer. Para que fôssemos livres da culpa, alguém teve que ser culpado em nosso lugar, para que tivéssemos esperança alguém teve que se sacrificar, para que vivêssemos, Cristo teve que morrer.
A salvação para nós foi e ainda é de graça, mas para Deus ela custou um alto preço.
O verdadeiro símbolo da páscoa não é um coelhinho que carrega ovos de chocolate, mas sim um cordeiro. Não um cordeiro qualquer, mas o Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, seu único filho, que tira o pecado do mundo. Cordeiro que foi morto sim, mas reviveu e vive para todo sempre. Esse sacrifico ninguém mais podia fazer, e ele foi feito por mim, por você e pelo mundo todo.
Sempre que ouvir falar em Páscoa lembre-se, na cruz, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo. Não existe maior sacrifício que este, e isso revela que cada um de nós tem valor para Deus.

Pense Nisso.

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