segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Os pentecostais já chegaram?

Bom, se você pertence a uma igreja pentecostal, principalmente se for da Assembléia de Deus essa frase, com certeza, é bastante familiar.
Normalmente essa pergunta é feita quando em determinado momento do culto ou da reunião a igreja parece desligada, desatenta ou silenciosa. Então lá vem a pergunta, que na verdade já virou jargão "os pentecostais já chegaram?". O que essa indagação quer dizer aos ouvidos de quem ouve? Na verdade ela pode soar como um "acorda crente", ou então fica subtendido que aquele(a) que está dirigindo a reunião quer que façamos barulho. Então o que vem depois disso? Quase sempre um ou muitos glórias a Deus e Aleluias, ou então uma rajada de línguas estranhas. Afinal de contas são essas coisas que identificam um verdadeiro pentecostal. Certo? Acho que não.
Então o que é ser pentecostal?
O que determina se sou pentecostal ou não, não é o volume do meu "glória a Deus" ou do meu "Aleluia", nem a quantidade línguas estranhas que eu falo e muito menos se eu rodopio, danço ou planto bananeira no Espírito. O que determina se sou pentecostal ou não, é o que eu creio.
Ser pentecostal é crer que o mesmo poder do Espírito Santo que operava nos dias apostólicos ainda age em nossos dias. É acreditar que milagres ainda podem acontecer em nossas vidas, tal qual aconteceu com o paralítico sentado junto a Porta Formosa, no templo de Jerusalém. At.3:1-10. É confiar que pelo Espírito ainda hoje podemos receber os dons espirituais, tais quais recebiam os crentes da igreja primitiva.
Eu sou pentecostal mesmo quando estou em silencio meditando e refletindo no que está sendo dito por quem prega, e glorifico quando sou estimulado espontaneamente a fazê-lo sem a ajuda de ninguém a não ser do Espírito Santo.
Eu sou pentecostal mesmo quando não possuo em mim a evidência de falar em línguas, mas não desisto de buscar porque sei que isso é para mim, é promessa de Deus.
Eu sou pentecostal mesmo quando não possuo nenhum dom espiritual, mas não me acomodo com isso, pois sigo o conselho de Paulo que diz que devo procurar com zelo os melhores dons I Co. 12:31, lembrando que o maior de todos os dons é o dom de amar.
Eu sou pentecostal mesmo quando não exagero nas gesticulações ou não faço algo esquisito sob o pretexto de estar cheio do Espírito, pois uma coisa é estar cheio do Espírito Santo e outra coisa é ser menino.
Eu pentecostal quando busco o poder do pentecoste que é o próprio Espírito Santo que inflama a alma e não me deixa ser um crente morno, de outro modo, meu "Glória Deus" pode ser o mais alto, meu "Aleluia" pode até ensurdecer os ouvidos de quem estiver ao meu lado. Posso até parecer uma metralhadora de línguas estranhas, mas, contudo isso estarei carregando o pentecostes apenas como um rótulo, visto que glórias a Deus, Aleluias e línguas estranhas podem virar vício de linguagem na boca de qualquer crente. O importante é carregar o pentecoste na vida, para o resto da vida e em todo lugar, já que a primeira coisa que pentecoste produziu uma coragem inimaginável em Pedro de apontar a Cristo como Salvador. At.2:14-36.

Pense nisso.

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